ARQUEOLOGIA
ARQUEOLOGIA:
O termo Arqueologia deriva de duas palavras gregas: archaios que significa ‘antigo, do começo’ e logos que significa ‘palavra’
Arqueologia estuda o passado humano a partir de vestígios e restos materiais.
O patrimônio que o arqueólogo lida é frágil, e ele tem sobre si a responsabilidade de não só resgatar, mas preservar.
A arqueologia está relacionada com a história, daí as equipes de pesquisa terem geógrafos, antropólogos, geólogos e zoólogos.
Antes de Cristo, gregos e babilônios recolhiam e guardavam objetos antigos, formando museus.
O general do exército britânico Agustus Pitt Rivers, realizou escavações na Inglaterra entre 1887 e 1898. Foi o pioneiro no sentido de resgatar não somente objetos por sua beleza, mas todos os objetos encontrados, fazendo registros com precisão. Sua pesquisa foi publicada em quatro volumes, que é referência ainda atualmente.
ALGUNS TERMOS:
Levante: É um termo para designado para o litoral Siro-Palestino, que inclui atualmente Israel, Líbano e a costa ocidental da Síria.
Tell: Termo árabe para o monte artificial de terra; uma característica atribuída às cidades antigas no Oriente Médio, devido aos séculos de construção e reconstrução em ruínas precedentes.
Wadi: Termo árabe para um curso de rio, que carrega água somente durante a estação chuvosa.
Tell: Termo árabe para o monte artificial de terra; uma característica atribuída às cidades antigas no Oriente Médio, devido aos séculos de construção e reconstrução em ruínas precedentes.
Wadi: Termo árabe para um curso de rio, que carrega água somente durante a estação chuvosa.
ESCAVAÇÕES:
A escavação está associada ao processo geológico, que é chamado de superposição. As camadas superiores referem-se às ações recentes, e as inferiores às mais antigas. Assim os estratos são acumulados ao longo do tempo.
Um fato que merece atenção são as interferências que podem alterar, tais como animais, insetos e fenômenos da natureza como chuvas e erosões. E ainda temos obras como estradas, barragens e etc..
A escolha do sítio arqueológico deve ser considerado os que estão em melhor estado de conservação, e que apresentam o menor índice de interferências.
A escavação com toda a riqueza cultural que tenha, não deixa de ser uma atividade destrutiva, pois com a retirada dos objetos causa alteração, daí a impossibilidade de se repetir uma escavação. Para isto é utilizado filmagens, fotografias, desenhos, diário, fichários e etc..
Atualmente os equipamentos usados são notebooks (pequenos computadores) para dados; teodolitos eletrônicos (Total Station) para elaboração da planta da escavação; GPS (Global Positioning System) para as coordenadas geográficas com auxílio de satélites.
METODOLOGIA:
Em Arqueologia, algumas metodologias foram desenvolvidas em Israel e região. Uma é a tradicional que consistia na exposição em grande escala de unidades arquiteturais. Coleções de cerâmicas e outros representavam a última fase da ocupação, e as coleções encontradas em túmulos significavam a duração da ocupação. Esta metodologia durou até o fim da década de 60. Outra foi a de Kenyon em Jericó, onde se enfatiza o vertical, analisando as camadas de terra e seus conteúdos. Cria-se que se conseguiria mais dados do que a anterior.
Hoje o trabalho de campo em Israel e Jordânia tem compromisso com estes dois métodos o da arquitetura e o da análise das camadas da terra. O máximo possível da área do sítio é exposto com a intenção de revelar unidades arquiteturais completas e estudar a sua disposição. O exame cruzado da história ocupacional é obtido mediante a escavação em diversos pontos diferentes. O fato é que nenhuma metodologia pode rigidamente assegurar sucesso. Hoje já se vê a Arqueologia como parte das Ciências Sociais, é a chamada "nova arqueologia".
A escavação arqueológica é destrutiva; uma vez escavada, uma área fica essencialmente fechada para pesquisa posterior. A documentação, o registro e a publicação de todos os fenômenos e achados do campo são vitais. Os métodos de registro variam. Na maioria das escavações israelenses, o registro é baseado em uma descrição gráfica diária de cada área de escavação.
ACHADOS E CRONOLOGIA:
A variedade de achados de sítios inclui remanescentes arquiteturais e funerais, que contém grande quantidade de cerâmicas, objetos de pedra e metal, inscrições, sinetes, jóias, ossos de animais e restos de plantas.
Nas zonas áridas, em casos raros, são preservados couro, madeira e material têxtil. Todos estes achados constituem em matéria prima para a reconstituição de mudanças culturais. Devido ao quadro abrangente, é requerido a cooperação de outros especialistas como quimicos, antropólogos, geólogos, historiadores, estatísticos e outros. Somente com esta cooperação interdisciplinar é que se pode obter interpretações abrangentes dos achados.
Um dos achados de maior escala é a cerâmica, e se constitui a melhor ferramenta para análise de mudanças regionais, étnicas, cronológicas, bem como relações exteriores. Com relação ao estudo da cerâmica antiga, temos a petrografia que é o exame microscópico de seções transparentes e finas da cerâmica, esclarecendo a composição química da argila; a análise neutrônica fornece com exatidão a composição química da argila, ajudando a determinar o seu lugar de origem.
Com relação a outros achados e materiais como objetos de metal é feito estudos tipológicos e laboratoriais. Estudos da fauna, botânica e meio ambiente fornecem o impacto ecológico na história, forncendo também o quadro da agricultura e nutrição, combinados com a investigação histórica permite a reconstituição da cultura daquele país ou região.
Seqüências tipológicas de objetos (em particular a cerâmica) asseguram a cronologia comparativa, que é estabelecido por estudos comparativos de conjuntos estratificados de diversos sítios em uma determinada região.
Para períodos mais remotos, os testes com carbono 14 são a base da datação. Com a datação feita por carbono 14 existem problemas, no que diz respeito a validade. Datas do quarto e terceiro milênios a.C. parecem ser muito remotos quando comparados por meio da cronologia egípcia, quando se trata da região de Israel.
A partir de 3000 a.C. a cronologia absoluta da região de Israel é baseada em grande parte, na do Egito.
Hoje o trabalho de campo em Israel e Jordânia tem compromisso com estes dois métodos o da arquitetura e o da análise das camadas da terra. O máximo possível da área do sítio é exposto com a intenção de revelar unidades arquiteturais completas e estudar a sua disposição. O exame cruzado da história ocupacional é obtido mediante a escavação em diversos pontos diferentes. O fato é que nenhuma metodologia pode rigidamente assegurar sucesso. Hoje já se vê a Arqueologia como parte das Ciências Sociais, é a chamada "nova arqueologia".
A escavação arqueológica é destrutiva; uma vez escavada, uma área fica essencialmente fechada para pesquisa posterior. A documentação, o registro e a publicação de todos os fenômenos e achados do campo são vitais. Os métodos de registro variam. Na maioria das escavações israelenses, o registro é baseado em uma descrição gráfica diária de cada área de escavação.
ACHADOS E CRONOLOGIA:
A variedade de achados de sítios inclui remanescentes arquiteturais e funerais, que contém grande quantidade de cerâmicas, objetos de pedra e metal, inscrições, sinetes, jóias, ossos de animais e restos de plantas.
Nas zonas áridas, em casos raros, são preservados couro, madeira e material têxtil. Todos estes achados constituem em matéria prima para a reconstituição de mudanças culturais. Devido ao quadro abrangente, é requerido a cooperação de outros especialistas como quimicos, antropólogos, geólogos, historiadores, estatísticos e outros. Somente com esta cooperação interdisciplinar é que se pode obter interpretações abrangentes dos achados.
Um dos achados de maior escala é a cerâmica, e se constitui a melhor ferramenta para análise de mudanças regionais, étnicas, cronológicas, bem como relações exteriores. Com relação ao estudo da cerâmica antiga, temos a petrografia que é o exame microscópico de seções transparentes e finas da cerâmica, esclarecendo a composição química da argila; a análise neutrônica fornece com exatidão a composição química da argila, ajudando a determinar o seu lugar de origem.
Com relação a outros achados e materiais como objetos de metal é feito estudos tipológicos e laboratoriais. Estudos da fauna, botânica e meio ambiente fornecem o impacto ecológico na história, forncendo também o quadro da agricultura e nutrição, combinados com a investigação histórica permite a reconstituição da cultura daquele país ou região.
Seqüências tipológicas de objetos (em particular a cerâmica) asseguram a cronologia comparativa, que é estabelecido por estudos comparativos de conjuntos estratificados de diversos sítios em uma determinada região.
Para períodos mais remotos, os testes com carbono 14 são a base da datação. Com a datação feita por carbono 14 existem problemas, no que diz respeito a validade. Datas do quarto e terceiro milênios a.C. parecem ser muito remotos quando comparados por meio da cronologia egípcia, quando se trata da região de Israel.
A partir de 3000 a.C. a cronologia absoluta da região de Israel é baseada em grande parte, na do Egito.
ETAPAS DO TRABALHO:
Pode-se dividir
em quatro fases o trabalho do arqueólogo:
1. etapa de
campo;
2.
Processamento em laboratório;
3. Estudo;
4.publicação.
Após uma
prospecção inicial (de superfície), escolhe-se o sítio a ser escavado, de
acordo com as metas propostas. A escavação envolve, em geral, o trabalho com
estruturas, estratos do solo e artefatos móveis. Tudo o que é encontrado, é
registrado e descrito em fichas de campo. Depois se procede uma seleção do
material a ser levado para o laboratório, e o restante descartado. Ruínas de
restos de muros, por exemplo, permanecem no próprio local. Os objetos são
colocados em sacos com identificação do que seja (por estratos) para que possa
ser feita a lavagem das peças e uma numeração individual, segundo sua origem.
Faz-se um cadastramento, utilizando fichas padronizadas que se escrevem os
dados.
O estudo do
material é feito também através de comparação dos registros de outros sítios
escavados, da mesma região ou cultura.
CLASSIFICAÇÃO:
A Arqueologia
utiliza a classificação dos artefatos por meio de tipologias. Tipologia é a
organização dos artefatos com base na confrontação, considerando matéria-prima,
forma e contexto do achado. Os critérios
adotados para fundamentar as tipologias variam, como uso, forma ou composição
do material. A tipologia permite ao arqueólogo reconstruir as mudanças, as
transformações no consumo e etc.. A tipologia é um meio para a compreensão das
sociedades e suas transformações.
[ESTE TEXTO CONTINUARÁ EM BREVE]
Autores consultados: A. Mazar, J. D. Currid, Pedro P. Funari.
*****
JERICÓ:
O
aldeamento mais antigo é o de Jericó, deve ter iniciado por volta de 8000 a .C.. Está situada no
período Neolítico. Durante muitos séculos anteriores, houve lá poucas cabanas,
que podem representar uma longa série de acampamentos. As estruturas em Jericó
eram feitas de tijolos de barro, com o fundo chato e a parte de cima convexa.
Os pisos eram feitos de pedra e argamassas de argila. Algumas figurinhas de
mulher feitas de argila e também de animais domésticos sugerem a prática do
culto da fertilidade. Estátuas de argila em molduras de junco, descobertas há
alguns anos, sugerem que deuses montanheses eram adorados em Jericó.
Ossos de
cães, cabras, porcos, ovelhas e bois sugerem que estes animais eram
domesticados. As foices, os moinhos de mão e os rebolos indicam o cultivo de
lavouras de cereais.
Interessante são os muros e a torre de Jericó, num período em que quase
nenhuma arquitetura pública é conhecida em nenhum outro lugar. As estruturas
maciças revelam a existência de uma organização social e autoridade central.
Dentre os
costumes funerários, a remoção do crânio. Os crânios eram modelados com
emplastro para dar aparência de vida. Crânios assim, foram encontrados em
Jericó.
Estátuas de
argamassa de figuras humanas também foram descobertas.
Os corpos
eram sepultados em qualquer lugar, geralmente debaixo do piso das casa.
AQUEDUTO:
A Galeria do
Aqueduto (2º Sm.5:6) através da qual os soldados de David conseguiram entrar na
Rocha Jebuséia foi encontrada em 1961,
no decurso das escavações dirigidas por K. Kenyon e por R. de Vaux.
OSTRACO, QUMRAN:
Encontrados em
1996, em escavações em Qumran, Israel, dois fragmentos do primeiro século. O ostraco é o primeiro
escrito desde a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto. Contém 16 linhas
escrito em 68 d.C.
ASHKELON:
Desde 1985,
escavações anuais tem sido realizadas por uma equipe de arqueologistas
profissionais, juntamente com estudantes de Arqueologia e vários voluntários,
no local da antiga Askelon, localizada ao sul de Tel-Aviv, na costa
Mediterrânea. Ashkelon era a capital dos reis cananeus.
Da Era Cananéia.
Ashkelon é a mais antiga e maior local já conhecido em Israel, florescendo na
Idade do Bronze Medio (2000-1550
a .C.), comandando a defesa, incluindo a velha arcada da
porta da cidade.
Da Era Filistina
(1175-604 a .C.).
Escavações do local tem descoberto remanescentes da cidade dos dias de Sansão e
Dalila, e a destruição da cidade por nabucodonosor.
UR
As escavações de
Ur, Lagash e Uruk revelam que floresceu naquela região, civilização bastante
desenvolvida (capacidade artística , artesanal). Ur era famosa pelas suas
instalações portuárias, pelos majestosos edifícios dos templos, em honra da
divindade lunar Nana.
SIQUÉM
Chama-se hoje
Tell Balata. Relatórios de escavações em Siquém e Nablus, constataram alguns
restos de muralhas por volta de 1750
a .C., haviam naquele local, estradas pavimentadas,
fortificações e um grande templo.
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